segunda-feira, março 12, 2007

Os renegados


Paulo Portas quer voltar à política activa (como se ele andasse inactivo politicamente) e Santana Lopes deixou no ar a hipótese de criar um novo partido de direita.
Analisando cada um dos indivíduos citados, julgo necessário assinalar alguns pormenores.

Santana Lopes é incompetente e tem provas dadas. Tem sede de poder e protagonismo e é um fala-barato.


Andou pelo PPD-PSD (como ele gosta de dizer), andou pelo Sporting, andou pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e pela Câmara Municipal de Lisboa, foi responsável pela cultura portuguesa e chefe de governo.
Em nenhuma das tarefas teve sucesso, apenas projecção mediática.
No PSD não gostam dele. É o "enfant-terrible" e daí reconhecem-lhe algum mérito por apontar o que está mal com o partido, mas ninguém o leva a sério e ninguém o vê como líder.
No Sporting, não fez nada de bom e apenas resolveu comprar guerras com os clubes rivais e estabelecer alianças estratégicas que não deram resultados.
Na Câmara Municipal da Figueira da Foz foi elogiadíssimo. Colocou a cidade no mapa e conseguiu que esta se tornasse uma forte alternativa ao Algarve como destino de férias.
O preço soube-se depois. Com projectos megalómanos como o Oásis (que nunca justificou o investimento) e um endividamento gigantesco, deixou a Figueira e rumou à capital.
Mais do mesmo. Casino no Parque Mayer, túnel e decerto mais projectos sem real importância ou necessidade e deixou também a CML.
Quando esteve na Cultura, entrou em rota de colisão com todos os quadrantes culturais do país. Ignorou José Saramago e envolveu-se com uma atriz brasileira, patrocinando a sua carreira em Portugal, enquanto puxou o tapete ao Prémio Nobel da Literatura.
No governo, foi primeiro-ministro por pouco tempo e caiu quando teve a infeliz ideia de tentar implantar um regime de censura e controlo da comunicação social nacional.
Uma estrela neste país onde "Josés C. Brancos" também o são.

Paulo Portas é outro.
Jornalista e ex-homem forte do semanário Independente, Portas não se pintou para criticar abertamente todos os quadrantes da sociedade portuguesa.

A sua coerência veio ao de cima quando se colou a Manuel Monteiro, entrando na vida política que tanto criticava e fazendo tudo o que tinha relatado e apontado como errado.
A sua verticalidade também ficou bem patente quando apunhalou o seu grande amigo e líder Manuel Monteiro, atirando-o para fora do partido e ocupando o seu lugar.
Daí conheceu-se um novo Portas. Com todo o cinísmo e hipocrisia andou de feira em feira, de mercado em mercado, distribuindo beijos e palavras de conforto pela populaça.
No governo foi responsável por várias polémicas, desde o início quando propôs a aliança com o PSD, um partido rival na direita, procurando o poder.
Chegado ao poder ficou conhecido por querer comprar submarinos...
Saído da vida política "activa" inclinou-se para a televisão.

Os seus comentários políticos sobre "o estado da arte" não trazem nada de novo e quem o vê na SIC certamente não dará o seu tempo por bem empregue.
A sua fidelidade ficou mais uma vez assinalada quando preteriu a SIC para entrar no painel de comentadores da TVI no dia da votação do referendo sobre a despenalização do aborto.
Com políticos como estes ainda me espanto que critiquem José Sócrates...Não que o actual primeiro-ministro seja um poço de virtudes, mas perto destes dois senhores sinto-me aliviado por ter o arrogante mas decidido Sócrates como líder do executivo.


FOI PROFUNDO!




1 comentário:

Anónimo disse...

Hoje andas com a pica toda! Tiro-te o chapéu. Quanto à Académica... acho que devias candidatar-te à presidência do clube. O dinheiro que chulavas aos construtores civis era melhor empregue contigo do que com o Simões...

Enfim, um abraço!

P.S: O Portas não pega de empurrão?

P.S. 2: Podes ver as minhas aventuras em www.continental-circus.blogspot.com

Dispenso...

Porque tudo o que é dito é dispensável...
Porque tudo o que é escrito é dispensável...

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Eu não pretendo estar certo, pretendo observar e pretendo fazê-lo de uma forma atenta e crítica...de uma forma dispensável.

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