domingo, setembro 23, 2007

Estou confuso...

Provavelmente já alguém deve ter tido esta dúvida mas aqui vai ela:

Porque é que o Porto é conhecido como a Cidade Invícta e aquela onde mais se trabalha...


...e onde se tratam os lisboetas por mouros...


...e depois se costuma usar a expressão "Mouro de trabalho" para alguém que trabalha imenso?


FOI PROFUNDO! (não foi?)

sábado, setembro 08, 2007

E agora McCann?

Numa altura em que a opinião pública está contra os McCann, eu vou contra a opinião pública.

Há uns meses atrás todos diziam "Coitadinhos dos pais da Maddie", mandavam dinheiro, flores e todo o apoio, carinho e afecto que os pais, umas vítimas, mereciam.
Agora ouvem falar em "arguidos" e já dizem que os McCann são uns assassinos e uns hipócritas.

Não podemos censurar a opinião pública, o próprio Vaticano reagiu da mesma forma. Depois de terem sido recebidos pelo Papa, viram agora ser retirado "não sei o quê" do site da Igreja Católica.


(Ontem recordaram as palavras do papá McCann a dizer que nunca tinham dado nada às crianças,
depois um amigo da família veio dizer que AFINAL a mamã McCann lhe teria dado um comprimidito...
raio dos flashes de memória!)


A relação entre os McCann e a polícia portuguesa sofreu o mesmo revés.

Antes eram só elogios, agora as autoridades portuguesas, são "ridículas", "incapazes", "nojentas", etc, etc, etc.


No meio disto tudo safa-se a imprensa britânica.
Sempre tratou mal a polícia portuguesa, sempre tratou Portugal como um país subserviente, sempre tratou os portugueses como uns atrasadinhos, sempre se esqueceu que o Reino Unido tem a maior percentagem de casos não resolvidos de crianças desaparecidas, sempre divulgou notícias falsas, sempre foi coerente na sua falta de qualidade.


Um grande bem-haja, Imprensa britânica.
Temos muito a aprender com eles...como não fazer jornalismo!



FOI PROFUNDO!


P.S. ainda alguém acha que a pobre menina vai aparecer?

Arte e Cultura


Hoje não vou falar de bola.
Também não vou mandar piadinhas nem gozar com nada (talvez só um pouquinho).

Vou falar de um assunto levantado por uma menina que há uns dias questionava a relação actual entre os jovens e a arte.
Questão essa que eu resolvi tornar mais abrangente e ao invés de arte pergunto: como é que a malta mais nova se relaciona hoje em dia com a cultura?

Antes de tentar falar do que não sei (ou seja, dos outros), falo de mim.

Dentro da cultura devo dizer que mantenho uma saudável relação com a literatura (embora nem toda), com a música e com a sétima arte. Não sendo um cinéfilo, aprecio alguns filmes, desde os mais light que servem para descontrair o cérebro, até aos de trama mais elaborada, que servem para exercitar a massa cinzenta.
Musicalmente sou uma prostituta e das muito baratinhas. Ouço tudo, experimento tudo e depois acabo por ficar fã da maior parte das sonoridades.
Na literatura já sou um esquisitinho. Dêem-me livros baseados em factos reais e eu sou um homem feliz. Obviamente que se me colocarem à frente umas 20 mil léguas submarinas, uma Moby Dick, uns Maias ou um Ensaio sobre a cegueira (perdoem-me a ausência de aspas ou itálicos) eu agradeço...
Por acaso também sou fã de livros educativos, como livros de culinária ou o Kamassutra... mas isso são outras histórias.

Agora as minhas relações complicadas.

Pintura...o bonito ou feio na pintura são demasiado subjectivos e sou claramente um asno nesse campo... Há telas que, para mim, são um espirro de tinta e muitos tecem elogios rasgadíssimos. Não entendo, nunca vou entender.
A poesia (e estou a separar da restante literatura) é algo que me intriga. É bonito? É musical? Apela às emoções? Eu devo ser (ok, eu sou) um "pouco" insensível (estava a guardar as aspas para este momento) pois para mim uma cómoda serve para guardar roupa, quer tenha uma rosa em cima quer não. Não é pelo facto de conseguir que duas frases intercaladas acabem no mesmo som que o que dizemos tem maior significado. A mesma frase dita com algumas palavras numa ordem diferente vira um verso! Um poeta é um disléxico! Ok, estou a exagerar...
A poesia não tem nada de mal...é apenas uma forma mais trabalhosa de dizer o que poderia ser dito de uma maneira mais simples para que pareça mais importante ou mais sentido. Não admira que "poeta seja um sofredor", imagino o que deve sofrer para conseguir os malabarismos vocabulares/frásicos necessários ao nascimento de um poema.
E a escultura? Antigamente faziam-se esculturas fabulosas, imponentes, majestosas, lindas. Gosto daquela ideia de alguns artistas que dizem que se limitam a tirar os excedentes de um bloco de pedra para que apareça o que já lá estava. Agrada-me. O que me desagrada é que se apreciem certas e determinadas "peças" que alguns artistas conceituados resolvem vender e toda a gente gaba "porque é arte" e "a arte não foi feita para ser compreendida". Esses artistas (alguém me viu mencionar o nome Cutileiro?) gozam com a cara das pessoas. Se fosse um miúdo na primária a fazer uma réplica em plasticina mandavam-no para acompanhamento especial, chamavam os pais e recomendavam um psicólogo. Alguém ia dizer "o seu filho tem um dom natural!"? Não me parece.

Terceira parte: a cultura que eu esqueci.

Teatro, ópera (e de certeza que há mais).

Não vou ao teatro. Não sei porquê, se por comodismo, se porque é caro ou se porque se não estiver a gostar não posso mudar de canal para a FOX ou para a SPORTV. Com a ópera sempre tenho a desculpa de (acho eu) não haver grande oferta.
Mas gosto de ambos.
A TVI ultimamente passa umas coisecas de teatro, aliás, de revista à portuguesa e de adaptações de séries/novelas do canal para o palco. Não será bem bem teatro porque, no primeiro caso, é revista porque é feito à base de berros e de asneirolas (o público gosta, ri-se e faz aquele ar de comprometido como quem pensa "aiiii isso nao se diz! ihihih! marotos!"), no segundo caso é uma estupidez. Pegar no elenco dos Morangos com açúcar que mal sabe representar para tv e pôr os putos todos num palco é asneira. Serve para chamar os adolescentes e não lhes transmite o que é a realidade do teatro.

Conclusão:

O que eu penso é que a malta mais nova (no meu tempo éramos a geração rasca ou a geração X, agora é a geração morangos. eu não gosto muito de rótulos) não tem uma grande relação com a cultura.
Ou não lêem ou lêem os livros da moda (metam-me à frente um livro da Margarida Rebelo Pinto, do Nicholas Sparks ou do Paulo Coelho e eu considero isso um insulto); cinema ainda vá lá que não vá (que bonita expressão...tão...não diz nada e diz tudo!); museus e teatros nem vê-los, música só mesmo a que dá status, a que os amigos gostam, a que vende, a que dá nas discotecas; pintura e escultura...acho que estão piores que eu.
Mas ainda há o outro extremo. Aquela malta que acha que gostar de "cultura" é chique. Que lê escritores marados (aquela malta que leu a Aparição e gostou...), que ouve música erudita porque fica bem, que ouve Jacques Brel e outros cantores franceses porque fica bem, que vê bailado(mais uma que me tinha esquecido...não gosto mas respeito quem gosta embora não entenda muito bem), que vai ao teatro e dá opiniões sobre os dois últimos apesar de não ter entendido nada diz que "a mensagem que o autor/encenador pretendeu passar foi bastante profunda"...
E ainda há quem realmente gosta, essa imensa minoria.
(Eu sou um mix...)

Eu gostava de ser artista...mas gosto muito de matemática e ciências, daí que seja demasiado pragmático para entender certas demonstrações culturais.
Cada maluco...sua mania.


(NÃO) FOI PROFUNDO!

Dispenso...

Porque tudo o que é dito é dispensável...
Porque tudo o que é escrito é dispensável...

Este é um blog onde se fala a sério e se brinca.
Quem não goste de ironia ou sarcasmo que feche esta página rapidamente!
Aqui ninguém tem razão.
Eu não pretendo estar certo, pretendo observar e pretendo fazê-lo de uma forma atenta e crítica...de uma forma dispensável.

Dispenso...um blog dispensável.

pessoas já dispensaram um tempinho para dar uma espreitadela