A minha mãe ficava doida com tanta cassete - mais ou menos como fica hoje em dia com os cds - principalmente porque sempre tive algumas dificuldades no capítulo da arrumação.
Por essa altura, tinha um "fornecedor", um "dealer musical", que tinha todos os tipos de som que eu, até então, poderia imaginar.
No meio de Nirvanas e Guns N' Roses, surgiram uns tais de "Suicidal Tendecies", uns rapazinhos com um estilo sonoro meio pesado e que hoje me seria difícil auscultar.
E tudo isto a propósito de quê?
Vem exactamente a propósito de um certo tipo de blogs, muitos deles de gente que eu conheço, que apelam à depressão, ao sofrimento e ao consequente suicídio.
São linhas e linhas carregadas de palavras que, quando associadas, originam frases que estragariam o dia às almas mais frágeis.
Ao contrário de mim, que vejo na mais triste notícia algum pormenor que pode ser positivo ou alguma pontinha por onde pegar para fazer uma graçola, para estas criaturas até o mais belo e reluzente dia de sol e calor e passarinhos no ar e flores a desabrochar (foi mais forte que eu, sorry) pode ser apenas considerado o início de mais 24 horas de suplício e coisinhas más que dão vontadinha de chorar, de carpir...
Pior, só mesmo um blog que descobri há dias. Saltando de link em link, caí numa armadilha letal onde a esquizofrenia ou a genialidade se fazem sentir em diálogos sem ponta por onde se lhe pegue.
Acredito que a autora com dupla personalidade ou as autoras dêem uma linha ou simplesmente revivam as experiências dos loucos anos, convidando o mítico LSD a comandar a(s) sua(s) mente(S), caso contrário será difícil imaginar tais conversas.
Nem eu me vejo a divagar nesse tipo de flutuações psíquicas, e a minha "pancada" é reconhecida.
FOI PROFUNDO!
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