Se há coisa que me aborrece são os especialistas.
Bla bla bla, teoria, bla bla bla, nunca experimentei mas li, bla bla bla...
Chateia-me ouvir no final dos jogos de futebol, basquetebol, andebol, etc, os comentários dos estudiosos que nunca jogaram futebol e dos jogadores que nunca estudaram; chateia-me ouvir o Nuno Rogeiro a falar de aviões, porta-aviões e submarinos; chateia-me ouvir o mal educado do Miguel Sousa Tavares a falar de educação e de tudo o que lhe mandam para o ar "fala praí Miguel!"; e, agora, chateia-me ouvir psicólogos, psiquiatras e pedopsiquiatras a falar sobre os jovens na escola.
Ontem era um espanhol que falava na rádio e não dizia nada que estivesse relacionado com o caso em si. Valentin Escudero era o senhor em causa, e, segundo percebi depois de alguma pesquisa, é um especialista mundial em terapia da família e dá conferências por vários países. Também me pareceu entender que o senhor é professor na Corunha.
Só que, por mais que se seja especialista, não estando por dentro da questão, dificilmente se faz uma boa análise. Alguém acha que o senhor deu o seu bitaite baseado em mais alguma coisa para além do que saiu na comunicação social?
Mas estes senhores especialistas agora já nem precisam de falar com as pessoas para saberem tudo sobre elas!
E porquê?
Porque nos livros diz que certos tipo pessoas que fazem certo tipo de coisas que têm certo tipo de causas...
Sou o único que associa estas ideias ao conceito de estereótipo? E sou o único que acha isso muito pouco positivo?
E, mais bonito ainda foi ouvir a pedopsiquiatra que a SIC convidou para entrar em directo no noticiário.
Há uns meses fui mandado para recolher opiniões na rua e depois entrevistar uma senhora pedopsiquiatra.
Entrevistei umas duas dezenas de transeuntes sobre uma notícia que tinha saído no Expresso sobre um inquérito feito a crianças nas escolas e as respostas foram relativamente unânimes.
Depois falei com a pedopsiquiatra (a mesma que foi agora chamada a intervir na SIC) e a senhora conseguiu dizer exactamente o que seria o comportamento dos pais e das crianças perante o inquérito em questão. Por acaso conseguiu dizer exactamente o oposto do que os pais pensavam e me transmitiram, mas isso são detalhes.
Engraçado será também dizer que, quando cheguei à redacção, o texto da peça estava escrito e estava completamente de acordo com o que os especialistas entrevistados pelo Expresso tinham dito e também com as declarações da pedopsiquiatra. E, de acordo com o exposto previamente, iam exactamente na direcção oposta das afirmação dos pais.
Resumindo, hoje em dia não interessa o que se passa realmente, o que interessa é o que dizem os especialistas, aqueles que percebem mais das pessoas do que as pessoas em si, aqueles que leram tudo sobre tudo mas no final...não percebem tudo...
FOI PROFUNDO!
quinta-feira, março 27, 2008
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Dispenso...
Porque tudo o que é dito é dispensável...
Porque tudo o que é escrito é dispensável...
Este é um blog onde se fala a sério e se brinca.
Quem não goste de ironia ou sarcasmo que feche esta página rapidamente!
Aqui ninguém tem razão.
Eu não pretendo estar certo, pretendo observar e pretendo fazê-lo de uma forma atenta e crítica...de uma forma dispensável.
Dispenso...um blog dispensável.
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