segunda-feira, junho 09, 2008

Ecologia não compensa

Não gosto muito do copy/paste mas neste caso justifica-se:


Em 1996, as primeiras viaturas eléctricas de produção em série, os EV1 (Electric Vehicle 1), foram fabricados nos EUA pela General Motors, e circularam pelas estradas da Califórnia.



Eram viaturas rápidas:
faziam dos 0 aos 100 km/h,
em menos de 9 segundos !
E silenciosas !



Não produziam nenhum gás de combustão (nem sequer tinham tubo de escape)

Eram facilmente recarregáveis com energia eléctrica na garagem de casa.





Dez anos mais tarde, estes carros do futuro desapareceram completamente!
Em primeiro lugar, estas viaturas não podiam ser compradas, mas únicamente alugadas!
Os contratos de aluguer não foram, pura e simplesmente, renovados.
A General Motors recuperou todos os EV1, apesar da oposição dos seus utilizadores
A GM destruiu todas estas viaturas!

Em 1997, a Nissan apresentou o modelo eléctrico Hypermini no salão de Tokyo.

O Município da cidade de Pasadena (Califórnia - EUA) adoptou esta viatura como veiculo profissional para os seus empregados.



Essencialmente era muito apreciado pela sua facilidade de manobra e estacionamento, e ainda pela sua grande operacionalidade em se movimentar dentro da cidade.
Em Agosto de 2006, expirou o contrato de aluguer das referidas viaturas, entre o Município de Pasadena e a Nissan.
O Município tentou comprar as viaturas mas a Nissan recusou peremptoriamente.

A Nissan recuperou todas as viaturas para as destruir!

Em 2003, a Toyota decide parar a produção do RAV4-EV. (EV - veiculo eléctrico)

Este 4x4 eléctrico, um produto de alto refinamento tecnológico, era muito apreciado pelos utilizadores.


Em 2005, os contratos de aluguer das viaturas, expiraram.
A Toyota imediatamente se apressou a recuperar todos estes veículos afim de os destruir!


Mas entretanto, alguns cidadãos americanos começaram a organizar-se:
A associação “DontCrush” entra em acção para tentar salvar os RAV4‑EV.
Esta associação fez pressão sobre a Toyota durante 3 meses.
Finalmente a Toyota recuou e autorizou, os que alugaram estes veículos RAV4‑EV, a comprá-los.

Curiosamente enquanto que os veículos eléctricos são destruídos em massa, os de combustão são bem protegidos.

Os “lobbies” das grandes companhias petrolíferas não querem que os veículos eléctricos sobrevivam e assim vão fazendo guerras no Médio Oriente por causa do petróleo e matando pessoas em todo mundo com a poluição dos combustíveis!



E agora, digo eu, considerando que isto seja verdade, em que raio de mundo vivemos nós?Anda tudo com preocupações ecológicas e depois manda-se para o lixo um projecto que poderia ser revolucionário?

Se calhar o problema é esse...

Vivemos numa era em que o que é revolucionário é mau.

Antes, veio a Revolução Agrícola...foi bom.
Depois, a Revolução Industrial...ui que bom!
Mais tarde, a Revolução Tecnológica...maravilha!

Cá em Portugal, 1974 trouxe a Revolução dos Cravos...tirando os dias em que uma malta suspira por Salazar, foi suberbo!
Agora, uma Revolução Ecológica? Uiiii que medo!

Sabem qual é a diferença?
Todas as anteriores serviram para enriquecer os ricos, até o 25 de Abril. Aliás, "até" é uma palavra que nem fica ali bem, porque com o Estado Novo tudo pertencia ao Estado. Era bonito se hoje em dia PT, Galp, Edp e outras grandes empresas cotadas em Bolsa pertencessem somente ao Estado.
Agora, uma Revolução Ecológica? Viver da Natureza? Isso é muito barato, não dá lucros.

E depois, lá se iam os combustíveis à base do petróleo, lá se ia toda uma indústria onde mamam tantos ricos e poderosos, desde aqueles que o procuram, aos que o retiram, refinam, transportam, vendem...e os que produzem armamento para que se lute por causa do petróleo ou por causa da mísera passagem de um "pipeline".

Por isso, carros que não andem a gasóleo ou gasolina...são poucos e a maioria cabe numa mão e anda nos bolsos das criancinhas...


FOI PROFUNDO!

Sem comentários:

Dispenso...

Porque tudo o que é dito é dispensável...
Porque tudo o que é escrito é dispensável...

Este é um blog onde se fala a sério e se brinca.
Quem não goste de ironia ou sarcasmo que feche esta página rapidamente!
Aqui ninguém tem razão.
Eu não pretendo estar certo, pretendo observar e pretendo fazê-lo de uma forma atenta e crítica...de uma forma dispensável.

Dispenso...um blog dispensável.

pessoas já dispensaram um tempinho para dar uma espreitadela