O novo Estatuto do Jornalista, ao que parece de acordo com o que tenho lido, vem acabar com a protecção das fontes. Agora, o jornalista não pode oferecer à fonte o anonimato.
Ou melhor, pode oferecer, mas caso as autoridades queiram saber a identidade da fonte o jornalista tem de a revelar.
Ou melhor, pode oferecer, mas caso as autoridades queiram saber a identidade da fonte o jornalista tem de a revelar.
Este facto tem duas “nuances”.
Em primeiro lugar, porque é que o jornalista passa a ter a obrigação de revelar as suas fontes e advogados, médicos e padres podem oferecer o sigilo proporcionado pelos seus ofícios?
Em segundo, segundo uma outra perspectiva, a protecção das fontes acaba por ser um precioso trunfo do jornalista mas, ao mesmo tempo, um dos maiores cancros da profissão.
Por um lado, o facto de não ter de divulgar a fonte, permite ao jornalista obter importantes informações que não conseguiria de outra forma, por outro, o mau jornalismo tira partido deste “instrumento”, quer inventando notícias, quer publicando outras de fontes duvidosas ou de interesses duvidosos.
Em segundo, segundo uma outra perspectiva, a protecção das fontes acaba por ser um precioso trunfo do jornalista mas, ao mesmo tempo, um dos maiores cancros da profissão.
Por um lado, o facto de não ter de divulgar a fonte, permite ao jornalista obter importantes informações que não conseguiria de outra forma, por outro, o mau jornalismo tira partido deste “instrumento”, quer inventando notícias, quer publicando outras de fontes duvidosas ou de interesses duvidosos.
Algo que me indigna de sobremaneira é a questão do segredo de justiça. Fala-se muito das notícias divulgadas na comunicação sobre assuntos que estão em segredo de justiça. A defesa dos jornalistas, editores e órgãos que as divulgam é, no mínimo, ridícula. O jornalista não está sob a alçada do segredo de justiça, a fonte que transmite as informações “proibidas” é que cometeu o pecado da revelação de informações confidenciais.
Ou seja, o jornalista, que deve ser um profissional informado, por dentro das questões da justiça, sabendo que um assunto está em segredo de justiça, divulga-o na mesma. Por inocência? Ou será pelas leis da concorrência e da guerra das audiências?
Ou seja, o jornalista, que deve ser um profissional informado, por dentro das questões da justiça, sabendo que um assunto está em segredo de justiça, divulga-o na mesma. Por inocência? Ou será pelas leis da concorrência e da guerra das audiências?
Fico desiludido com a hipocrisia de quem se escuda num argumento que é quase insultuoso para o público e para a classe. Um jornalista que usa este argumento está a “sacudir a água do capote” recorrendo a uma verdade que se baseia na ignorância.
Vou tentar recorrer a uma analogia claramente hiperbólica.
Imaginemos que estamos a passar ao pé de um banco que está a ser assaltado. O ladrão sai com uma mala cheia com milhares de euros e, vendo que a polícia está perto, passa-nos a mala para a mão. Nós não roubámos o dinheiro, foi o ladrão, foi ele que cometeu o crime, a ilegalidade… Será que isso nos dá legitimidade para ficar com o dinheiro? Será que alguém o faria?
Não me parece.
Imaginemos que estamos a passar ao pé de um banco que está a ser assaltado. O ladrão sai com uma mala cheia com milhares de euros e, vendo que a polícia está perto, passa-nos a mala para a mão. Nós não roubámos o dinheiro, foi o ladrão, foi ele que cometeu o crime, a ilegalidade… Será que isso nos dá legitimidade para ficar com o dinheiro? Será que alguém o faria?
Não me parece.
Para já ficam estas considerações e uma promessa. Vou dar uma vista de olhos no documento tão falado do novo estatuto e mais posts surgirão.
FOI PROFUNDO!
2 comentários:
Estás de volta!
venham mais vistas de olhos................
Voltarei
R.
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