segunda-feira, maio 24, 2010

PPC - Pedro Pensador Coelho

Sai já para começar uma vénia para Pedro Passos Coelho.

Embora o considere o adversário ideal para o Eng Sócrates porque é o mais parecido com Sócrates visto que sabe usar as mesmas "armas", parece-me ser um tipo inteligente.

É claro que muitos acreditam que Sócrates e Passos Coelho não serão adversários nas próximas eleições, mas isso não é uma variável a consideram para o que pretendo expôr.

Ao contrário do que tem sido normal na política portuguesa, Passos Coelho adoptou uma forma diferente de se comportar.

Estamos habituados a ver a velha prática do "vamos deixar que eles façam asneira e se afundem porque assim o povo castiga-os e vota em nós".
E quando ouço dizer que nos últimos 16 anos fomos governados em 16 anos pelo PS e 3 pelo PSD dá-me vontade de rir.
Quem chama a isso governar deve estar a considerar apenas o plano teórico. Guterres não tomou decisões porque corria o risco de ser contestado pelo povo ao assumir reformas impopulares, depois Durão passou por lá, Santana foi um erro de casting e Sócrates foi o primeiro que teve a rica ideia de agir e só acertou numa pequena percentagem das reformas. Isto, para não regredir uns anos na cronologia governativa e analisar o governo de Cavaco e na aplicação de fundos europeus em alcatrão.
Resumindo, décadas de fraca política e fraco investimento do dinheiro que nos foi sendo dado pela Europa.

PPC acaba por confirmar o que muitos esperavam dele. Trouxe sangue novo à política portuguesa, mas trouxe também uma nova atitude.
Quando se ouve falar em alianças e em andar com o partido rival ao colo/às costas, parece-me que, em boa verdade, o senhor tem cabeça e não tem medo de a usar.

Passos Coelho quer ser primeiro-ministro mas não quer ser bombeiro. Ao estar a estender a mão a Sócrates não está só a ajudar o país. Está a ajudar-se naquilo que julga ser o seu futuro enquanto líder do governo.
PPC terá reflectido e concluído que, se quer governar, convém que o faça com o país nas melhores condições possíveis. Para tal não pode deixar que o país se afunde mais. E seria isso que aconteceria se o PSD, com o objectivo de "entalar" Sócrates e o PS, optasse por fazer uma oposição que inviabilizasse as decisões do executivo actual.
Assim, PPC e o PSD acabam por ter uma palavra a dizer ao ouvirem e se fazerem ouvir por Sócrates e pelo PS.

É claro que posso estar errado, mas prefiro pensar que alguém está a mudar a política portuguesa.


FOI PROFUNDO!

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