
Daí que não constitua uma grande surpresa o coelho que George W. Bush tirou da cartola em vésperas de sair da cadeira do poder.
Segundo o Público, Bush resolveu mudar as regras da política ambiental em vésperas de sair da Casa Branca.
Amanhã, enquanto os norte-americanos estiverem a votar, a administração Bush vai estar a aprovar alterações à política ambiental de última hora, antes de deixar a Casa Branca:
1) a retirada do lobo da lista de espécies ameaçadas;
2) a autorização da implantação de centrais eléctricas perto de parques nacionais
3) aliviar das normas para a exploração mineira;
e estas são apenas algumas das alterações propostas que não obtiveram o aval das associações ambientalistas.
O que se pretendia era um programa que visasse a redução das emissões de gases com efeito de estufa, mas isso não parece ser uma prioridade para Bush e seus "comparsas".
A aprovação destas alterações foi feita "ao sprint" já que, sendo aprovadas até sábado, ainda entram em vigor antes que Bush saia da Casa Branca, a 20 de Janeiro. Uma vez em vigor não será provável que próxima administração as anule, até porque esta não deverá ser uma prioridade para o próximo Presidente, segundo Matt Madia (citado pelo Público) do OMB Watch, que monitoriza a Gestão e Orçamento da Casa Branca, por onde têm que passar estas alterações. “É uma reacção natural de alguém que sabe que está prestes a perder o poder. A indústria deverá beneficiar se estas mudanças se concretizarem, , quer seja a indústria de produção eléctrica, de exploração mineira ou agrícola, isto vai remover as restrições governamentais à sua actividade; vão poder poluir mais, o que acabará por prejudicar as pessoas”.
Mas nem tudo é negativo. A administração Bush aprovou um plano para criar aquele que será o maior santuário de vida selvagem marinha do Oceano Pacífico.
O mais curioso é que as leis nos EUA costumam demorar 30 a 60 dias até serem aprovadas, estas medidas foram-no em tempo record. Mais curioso ainda é que estas alterações podiam esperar até ao novo Presidente tomar posse e decidir se as aprovaria. Aliás, nem é algo inédito, o actual presidente GWB teve uma experiência destas quando chegou à Casa Branca.
FOI PROFUNDO!